1. |
Vocabulários
02:11
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O ser humano se vendeu.
O mundo novo se perdeu.
Arma e alvo insistem em vão.
Contragosto de intenção
Julga cor e orientação
Privilégio finge perdão.
Aquém ou não
Aquém ou não
Num golpe baixo, eu estava além
Autoretrato, mero clichê
Vocabulários sempre dão razão
Querem sempre nos conter
Sempre que o fato vê
Somos fúteis. Já sabemos ler.
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2. |
Bem Melhor
02:52
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E o vento, que cai, é o mesmo que te afoga.
E é tarde demais, demais.
Eu vim longe, de trem, pedindo pouca esmola.
E as curvas que trazem, gastei.
Eu vi, a força nas propostas
E não desisti.
Quem é essa vingança.
Que não, que não, persistiu
Só peço não me tolere.
Não me interne, não.
Não me conserte.
Não me governe, não
Não me tolere.
E o vento, que cai.
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3. |
Ânsia
03:40
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Conivente é mero igual.
Pra eles soa diferente.
Mãos dadas em plena esquina, sem dó
Comportamento que eu criei.
É só sua mente desolente.
Seu medo é sempre ódio em nós.
Forte a mágoa, eu sei.
Dói a alma, eu sei.
Completamente desleal, completamente desolente.
Seu medo é sempre ódio em nós.
Mas eu nao tinha a cor, e o preto agora não convence.
Tudo está menor, sem ver.
Forte a mágoa, eu sei.
Dói a alma, eu sei.
Mas que alma, não sei.
Não tem alma, eu sei.
Forte a mágoa, eu sei.
Imperdoável, eu sei.
Desesperador.
Forte a mágoa, eu sei.
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4. |
Questão de Hábito
03:31
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Ao mesmo tempo, no mesmo sonho
Mesmo fim, que vem pra você.
Pior que sempre, melhor que antes
Cede bem, sem nada a esconder.
Não leva a sério. É absorto
O mundo vê o ideal pra viver.
Hoje eu não vejo, só vejo o sujo.
Tudo é em vão.
E consome, demais
Era um sonho nu, mera fração de um medo.
Tinha um lado bom, mas consumava cedo.
Nem sempre decifrei, toda a noção do tempo.
Tão fácil é prever, enquanto nada sei.
Tempo é remédio que mata um tédio bom.
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5. |
Complacente
02:33
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De tanto medo, sempre veio assim.
Com o mesmo vento.
E é só o inverso, não é nada certo.
Mar ou deserto.
E é tudo que tem.
E é tudo que vem do resto.
Se vem de perto, dá tempo de voltar.
De fato à feto (afeto).
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6. |
Memento
04:07
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Quero ser o primeiro a lembrar de novo.
Como se acordar, eu vivesse o sonho.
Num cemitério de ideias, aprodeço de pé.
Hoje lamento reviver vocẽ.
Esse sopro deve ter seu preço.
Como se eu fosse sóbrio, como se fosse cedo.
A criança que abraça, da pilha é refém.
Da infância que acaba, minha velha fé.
E eu mesmo faço.
Eu mesmo sei.
Eu sei o que faço.
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7. |
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Dentro e fora da neblina
A mais nova certeza foi celebrada
Uma sensação ímpar de conquista
É então entregue o mais novo exemplar da vaidade.
Hoje tão novo, tão ultrapassado
Ontem tao breve, indélevel
Daqueles tempos em que tudo era só promessa
E fomos avisados tantas vezes.
Brindávamos ar puro
Arte com descarte
Ácaro e traça
Da lembrança, que não vem
Do sono, que não cede
Logo eu, que respiro, empatia
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8. |
Anagrama
04:18
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Bêbado e aceso.
O que nos torna ileso, ninguém vê
Domesticado a flor da pele
Eles fingem sorrir
Mais um fardo imenso a perder
Todo fracasso tece o dom
Foi de tarde, lembro que foi mais de seis.
Doce lembrança.
Feito ar e sombra, vem e vê.
Invalidamente vem você
Tudo o que sobrou é marginal
Eles fingem te ouvir
Em um canto preso vão viver
Tudo lhe é base pra sangrar
Poucos sabem, muitos fingem nem saber, e o tempo cansa.
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Henrique Frederico MG, Brazil
Apresentando um rock alternativo com influências diversas entre o punk, o indie, o pop e a música independente nacional, Henrique alterna a densidade das melodias com a intensidade das suas letras envolvendo temas conflitantes, políticos e sociais.
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